Chupar dedo é considerado uma atividade normal e natural entre crianças de tenra idade. Resulta de um reflexo de sucção muito forte, que é vital para a sobrevivência da criança. Embora os bebês chupem para obter alimentação, recebem igualmente sensações orais agradáveis, nomeadamente associadas à satisfação com a alimentação, à intimidade e à ternura. Na maioria dos casos, à medida que a criança cresce, vai descobrindo alternativas para obter o mesmo tipo de realização emocional.
Contudo, algumas crianças tentam manter a experiência antes necessária, calmante e agradável de chupar para se alimentarem (quer do peito, quer da mamadeira), criando assim o vício de chuparem os dedos. Caso este hábito não seja eliminado até determinada idade, pode tornar-se prejudicial para o desenvolvimento social, emocional e físico da criança. Estudos científicos e diretrizes recentes indicam que as crianças devem perder o hábito entre o terceiro e o quatro ano de vida. A forte sucção do polegar pode alterar profundamente o desenvolvimento da boca e o posicionamento dos dentes nos maxilares superior e inferior. Em resultado, o palato é empurrado para cima e estreita-se, o que leva ao desenvolvimento de discrepâncias entre a posição dos dentes de ambos os maxilares, descoordenando-os.
Abaixo alguns dos outros problemas causados pelo vício de chupar o dedo:
- aumento do risco de doenças contagiosas infantis, resultante de se colocar constantemente o dedo sujo na boca;
- possibilidade de atraso do desenvolvimento social, devido ao facto de as crianças com este vício serem vistas como bebés pelas outras, sendo frequentemente rejeitadas pelo grupo ou ridicularizadas. Para aliviar a pressão causada pela relação competitiva ou pela situação desagradável com as outras crianças, a que chupa o dedo tende a refugiar-se no vício como forma de compensação, em vez de resolver o problema.
É importante lembrar que quando o hábito de chupar o dedo se extingue em tenra idade, muitos dos problemas citados acima desaparecem naturalmente, mesmo os da forma dos maxilares e do posicionamento dos dentes. Um estudo indica que "a correção natural da oclusão defeituosa causada por chupar o dedo não depende apenas do seu grau, mas também do funcionamento dos lábios e da língua e da restante musculatura peribucal."
Em 1995, uma avaliação levada a cabo por uma organização independente de pesquisa odontológica revelou que o tratamento com ThumbGuard™ tem sucesso em 90% dos casos. Esse dispositivo é fabricado em material plástico não tóxico de qualidade medicinal branco ou transparente, e restringe de forma mínima as atividades da criança durante a sua utilização. Prendem-se à mão da criança mediante pulseiras multicores, que as crianças acham engraçado usar e lhes permitem escolher as cores. FDA registou e confirmou que o dispositivo ThumbGuard™ deve ser indicado no tratamento dessa disfunção.
Para chupar o polegar, a criança tem de criar vácuo no dedo com os lábios para formar sucção. Para impedir que isso aconteça, a peça tubular do dispositivo introduzida sobre o polegar da criança tem sempre de ter diâmetro superior ao do dedo. Quando os lábios aderem ao exterior da peça tubular, o intervalo (ou espaço) entre o polegar e o interior do tubo permite a circulação do ar, impedindo assim a formação de vácuo.
É muito importante a aplicação e fixação apropriada do dispositivo, para que a criança não o poder retirar (especialmente durante a noite), quando a tentação de chupar for maior. O dispositivo deve ser utilizado sempre que a criança se possa sentir tentada a chupar o dedo. Os melhores resultados alcançam-se quando a criança usa o dispositivo permanentemente durante quarto semanas, retirando-o diariamente apenas para limpeza.
(Fontes: www.netdentista.com/ hwww.parar-chupar-dedo.com)